Resenha: Ligeiramente Maliciosos

Título: Ligeiramente Maliciosos
Autor: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Páginas: 280
Ano: 2015



NO INÍCIO ERA APENAS UMA AVENTURA INOCENTE, MAS SE TORNOU UMA PAIXÃO AVASSALADORA.

Após sofrer um acidente com a diligência em que viajava, Judith Law fica presa à beira da estrada no que parece ser o pior dia de sua vida. No entanto, sua sorte muda quando é resgatada por Ralf Bedard, um atraente cavaleiro de sorriso zombeteiro que se prontifica a levá-la até estalagem mais próxima.
Filha de um rigoroso pastor, Judith vê no convite do Sr. Bedard a chance de experimentar uma aventura e se apresenta como Claire Campbell, uma atriz independente e confiante, a caminho de York para interpretar um novo papel. A atração entre o casal é instantânea e, num jogo de sedução mentiras, a jovem dama se entrega a uma tórrida e inesquecível noite de amor.
Judith só não desconfia de que não é a única a usar uma identidade falsa. Ralf Bedard é ninguém menos do que lorde Rannulf Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle, que partia para Grandmaison Park a fim de cortejar sua futura noiva: a Srta. Effingham, prima de Judith.
Quando os dois se reencontram e as máscaras caem, eles precisam tomar uma decisão: seguir com seus papéis de acordo com o que todos consideram socialmente aceitável ou se entregar a uma paixão avassaladora?
Neste segundo livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos conquista com mais um capítulo dessa família que, em meio ao deslumbramento da alta sociedade, busca sempre o amor verdadeiro.

Ligeiramente Maliciosos conta a história de Judith Law, a filha de um reverendo em ruínas que a envia para morar com a irmã, a tia de Judith, Sra. Effingham. A família Effingham, composta por George Effingham (o pai de família), Tia Louise, a prima Julianne e o enteado de tia Louise, Horace Effingham, é rica e de reputação impecável. Entretanto, Judith vai para lá para ser a "parente pobre" e ser tratada como criada. Para sua sorte, a principal obrigação que lhe é cabida é cuidar da avó, a Sra. Law, uma velhinha simpática e de passado meio sujo (para a época, claro) que fica felicíssima com a chegada da neta preferida.
A meio caminho de Harewood Grange, a mansão dos Effingham, um acidente deixa Judith sem transporte e quando surge a oportunidade de ser salva por um atraente cavalheiro, ela não pensa duas vezes.

Então ele a beijou. Na boca.Não foi um beijo longo. Afinal, ele estava conduzindo um cavalo por estradas traiçoeiras, com uma passageira atrapalhando tanto seus movimentos quanto os do cavalo. Sr. Bedard não podia se dar ao luxo de se deixar distrair por um abraço mais longo.Mas durou tempo o bastante. Ainda mais para uma mulher que nunca fora beijada antes. Os lábios dele estavam abertos e Judith sentiu o calor úmido de sua língua contra a dela. Segundos, ou talvez apenas uma fração de segundo, antes de seu cérebro conseguir registrar choque ou ultraje, cada parte do corpo de Judith reagiu. Seus lábios pareciam queimar com a sensação que se espalhou por sua boca. Seus seios pareceram inchar e uma espécie de dor aguda e poderosa desceu pelo interior de suas coxas.- Oh - disse Judith, quando o beijo terminou.Sr. Bedard sorriu de volta, uma expressão preguiçosa e zombeteira nos olhos.- Oh... - repetiu.

Apesar da loucura de sair com um completo estranho, Judith não usou seu nome. Claire Campbell era quem ela era durante todo o tempo em que esteve com Rannulf Bedwyn, que se escondeu sob o nome de Ralf Bedard. Como Claire Campbell, Judith fez tudo aquilo que tinha vontade, mas que para uma moça comportada e filha de um reverendo(!) seria uma atitude escandalosa, pérfida, imoral.
Quando seu sonho roubado finalmente acaba e Judith se vê as portas de um futuro como criada e solteirona, ela pensa que o que aconteceu na estalagem ficaria para trás, se tornando apenas uma lembrança boa. Ah, como estava enganada! Nem imaginava que seu príncipe, em poucos dias, começaria a cortejar a prima Julianne.
Conseguirão eles se manterem lúcidos e resistir à paixão que sentem um pelo outro?

Neste segundo livro, Mary Balogh nos mostra novamente toda a chatice da aristocracia da Inglaterra naquela época. Todas as coisinhas ridículas e insuportáveis que eram exigidas: uma dama não pode dançar com o mesmo cavalheiro por mais do que duas danças... Mas, assim como em Ligeiramente Casados, ela nos traz um romance arrebatador, onde o sentimento é construído ao longo de toda a trama, nada acontece de repente. Com sua escrita descritiva, gostosa e delicada, ela nos mostra a conquista do coração de mais um Bedwyn. E, ainda, nos faz ver que o amor vai muito além de dinheiro ou classe social.

- Essa foi a grande surpresa desses últimos dois meses: o amor não é físico, mental oh emocional. É maior do que qualquer uma dessas coisas. É a verdadeira essência da própria vida, não concorda? Esse grande mistério que não se pode expressar, que passamos a compreender melhor através da descoberta de ser amado. Ajude-me com isso, Judith. Estou falando tolices?- Não. - Ela riu. - Eu o compreendo perfeitamente.

Esse foi um daqueles livros em que eu perdia sono pra não ter que parar de ler. Daqueles que faz você virar a página com ansiedade pelo que está por vir e em nenhum momento decepciona. Espero que tenham gostado da resenha. Quem leu o livro, por favor, comente o que achou. E quem não leu, eu recomendo. Vale à pena.

Ah, e se você não leu a resenha de Ligeiramente Casados, o primeiro volume da série, leia aqui.

NOTA: 4

0 comentários:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, ele é muito importante para nós!

 
CuraLeitura . 2017 | Layout feito por Adália Sá e modificado por Thaiane Barbosa