Resenha: O Que Há De Estranho Em Mim

Título: O Que Há De Estranho Em Mim
Autora: Gayle Forman
Editora: Arqueiro
Páginas: 224
Ano: 2016



Livro recebido em parceria com a editora Arqueiro.








Brit Hemphill tem 16 anos, é guitarrista da banda Clod e dona de um cabelo rosa com mechas pretas (ou preto com mechas rosas). Tem um jeito todo diferente, o que faz com sua madrasta (cujo apelido é Monstra) ache que ela é uma má influência para Billy, seu irmão mais novo que ainda é apenas um bebê.

"Para mim, a banda era um presente dos deuses. pelo menos até a Monstra ver os dois riscos azuis no seu teste de gravidez. Naquele exato momento, desapareceria para sempre o esforço que ela fazia para respeitar o meu relacionamento com o papai. De repente, eu havia me tornado uma espécie de adversária." Pág. 44

A Monstra então organiza uma viagem de família para o Grand Canyon. Brit reluta muito para não ir, mas se vê sem escolhas e então vai de carro com o pai, enquanto a madrasta e o irmão supostamente iriam mais tarde de avião.
Durante o caminho a menina desconfia de certas atitudes do pai, até que chegam em um lugar estranho que, à primeira vista, parecia uma universidade. Brit percebe então que tudo não passava de uma armação para que ela fosse internada na Red Rock, um 'centro de tratamento residencial' para adolescentes rebeldes (lê-se hospício).

"A Monstra. Ela era a culpada. O medo e a tristreza que eu sentia não eram nada se comparados à fúria que essa mulher tinha despertado em mim. Mas depois veio outra coisa também. Uma profunda decepção. Porque, apesar de tudo, eu estava mesmo a fim de conhecer o  Grand Canyon." Pág. 12

No internato, todas as meninas eram obrigadas a passar pela chamada 'Terapia Confrontativa', que consistia em humilhar umas às outras para que encarassem seus problemas e refletissem sobre suas atitudes depois, além das sessões de 'Terapia Física', onde eram obrigadas a carregar blocos de cimentos embaixo do sol.

"Nessas situações, eu sempre me mantinha impassível. Jamais daria a nenhum deles a oportunidade de me ver por baixo. Mas à noite, depois que apagavam as luzes e trancavam a porta por fora, eu abria as comportas e chorava até ensopar o travesseiro." Pág. 19

Para sobreviver a tudo isso, Brit acaba fazendo amizade com outras meninas e formam um clube secreto. Juntas, elas vivem aventuras e fazem de tudo para que a vida dentro do reformatório não seja tão monótona e nem as enlouqueçam de verdade.

"[...] Quando me trancaram na Red Rock, comecei a me sentir vazia, cansada e, na maioria das vezes, revoltada. Em alguns dias, eu simplesmente desejava desaparecer da face da Terra. Por tanto, não só eu não fazia a menor ideia de quando poderia voltar à minha vida normal, como também não sabia quem eu seria quando isso enfim acontecesse." Pág. 96 


A Editora Arqueiro me enviou o livro junto com esse bloquinho super fofo e que tem tudo a ver com o livro. Amei!

Eu sou uma grande fã da escrita da Gayle. Acho as descrições dela bem simples e objetivas e, como uma amante da música, essa é a característica que mais me agrada. Sempre tem algo relacionado a isso e acho super legal conhecer bandas e cantores diferentes nas citações.

Eu amei essa capa desde quando recebi e-mail da Arqueiro com os lançamentos de Janeiro e, sem nem mesmo ler a sinopse, solicitei o livro (e confio na Gayle, sabia que seria um bom livro).

É nítido o quanto as personagens sofrem psicologicamente com tudo o que elas passam e é super legal ver que elas lutam para não se tornarem influenciáveis por aqueles que comandam a Red Rock.
Apesar de tudo, elas conseguem ter personalidade própria.

Alguns aspectos do livro me lembrou o filme 'A Ilha - Prisão Sem Grades' (que eu super recomendo, alias), e é interessante que no verso do mesmo tenham o comparado com 'Um estranho no ninho" que eu, infelizmente, ainda não assisti.

Bom, espero que leiam e gostem tanto quanto eu e, claro, voltem aqui para conversar comigo sobre o que acharam. Gayle Forman sendo incrível, como sempre.

NOTA: 4

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