Resenha: Prince of Thorns

Título: Prince of Thorns
Autor: Mark Lawrence
Editora: Darkside Books
Ano: 2013
Páginas: 355

O que dizer desse livro? Bem, é um livro com um enredo bem elaborado, onde o leitor vai entendendo e descobrindo as coisas ao longo do livro. O autor não mostra todas as suas jogadas. Pelo contrário! Sei que ele ainda tem cartas na manga para os próximos dois volumes da Trilogia dos Espinhos.
O livro conta a história de Jorg e seus irmãos de estrada, provocando destruição tanto em vilas quanto em vidas. Jorg, um jovem de 14 anos, lidera esse grupo de... de o quê? Mercenários? Ladrões? Assassinos? Acho que um pouco (ou muito) de cada incluindo algumas outras características.

"As estradas do Império Destruído. Um cenário abandonado há milênios pelos enigmáticos Construtores. É nessa nova era medieval que o Príncipe Honório Jorg Ancrath se vê obrigado a amadurecer para saciar seu desejo de vingança e poder. 
Jorg testemunhou o brutal assassinato da rainha-mãe e de seu irmão caçula, ainda criança. Jogado à própria sorte em um arbusto de roseira-brava, ele permaneceu imobilizado pelos espinhos que rasgavam profundamente sua pele, e sua alma. Quatro anos depois, o Príncipe dos Espinhos lidera uma irmandade de assassinos. E sua única intenção é vencer o jogo. O jogo que os espinhos lhe ensinaram.

Já deu pra perceber que ele é um anti-herói, né?
Jorg, ou melhor, Príncipe Honório Jorg Ancrath (perdão, alteza), não é o tipo de personagem principal que faz o leitor gostar dele. Mas Jorg me cativou por ele ser o oposto de tudo aquilo que se espera de um personagem principal.
Movido por um desejo de vingança e uma vontade ferrenha (se dele ou de Corion, não se sabe), o Príncipe dos Espinhos não hesita em matar, sacrificar e fazer o que for necessário para alcançar seus objetivos.

"Queria ir para casa, talvez porque alguma coisa não quisesse que eu fosse. Eu queria ir para casa e se o Diabo aparecesse para tentar me impedir ele só conseguiria aumentar minha vontade."

A história é uma mistura de sobrenatural e universo criado com coisas do nosso próprio mundo. Roma, Jesus, padre, Holanda, leucrotas, feitiços, Construtores, e seres que são realmente os jogadores.
O livro não é nada previsível, então a qualquer momento pode acontecer algo inesperado. A história segue uma linha crescente de ação, aventura e mistérios, ficando melhor a cada página. Possui uma linguagem crua, mas de fácil compreensão. O autor não hesita em usar palavrões ou outras palavras de baixo calão. A leitura por vezes pode ser considerada pesada, mas apesar de ter acontecimentos sexuais o autor não foca nisso, o que eu achei bastante interessante.

"O bispo Murillo era todo cheio de palavras e juízos severos. Ele tinha muito o que me falar sobre o fogo do inferno e sobre danação. Nós sentamos e discutimos sobre esse lance de almas. Então eu martelei um prego no seu crânio. Bem aqui.' Estendi-me e toquei o local na cabeça oleosa de Renton. Ele recuou como se uma abelha o ferroasse. 'O bispo mudou um pouco de tom depois disso. Para falar a verdade, toda vez que eu martelava um novo prego ele mudava de tom. Depois de um tempinho ele se tornou um homem completamente diferente. Sabia que dá para partir um homem em pedaços desse jeito? Um prego vai resgatar memórias de infância. Outro vai trazer ira, ou soluços, ou risos. No fim das contas, é como se fôssemos apenas brinquedos, fáceis de quebrar e difíceis de consertar.'"

Acho que já deu para entender mais ou menos como é o livro, não é mesmo? Jorg é bastante diferente de tudo o que eu já vi, e confesso que gostei de entrar nesse mundo diferente que é a literatura dark. Em breve vou começar King of Thorns e ver o desenrolar da história do agora Rei Honório Jorg Ancrath.

"Eu disse a Bovid Tor que aos quinze anos seria rei. Eu jurei sobre as suas entranhas fumegantes. Agora estou dizendo que aos vinte anos serei imperador. [...] Eu amadureci, mas, seja qual for o monstro que deve haver em mim, sempre fui eu, minha escolha, minha responsabilidade, minha maldade, se você preferir.É o que eu sou. Se você quer desculpas, venha buscá-las."

É isso, espero que tenham gostado e não percam a resenha de King of Thorns, que será postada em breve.

NOTA: 4

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